domingo, 16 de dezembro de 2018

Padecer

Essa dor que se sente
Esse lamento infindável
Esse gosto amargo que queima na boca
Úlcera que consome as entranhas e regogita
As promessas
O cárcere numa gaiola de ouro
É acordar de um pesadelo embaixo da cama
Ilusão daquele que ama e foi deixado
Teve do sentimento asco
Fizeram pouco caso
Sentir-se enganado é natural
Habituado às desgraças
A raiva tem prazo
Logo esvazia-se das sensações e fica o vazio
Os olhos eclipsados de nada
Nuvem negra e não tempestuosa traz na escuridão alento
Acomoda-o no âmago da tragédia
Morto caminha
Esperando que se acabem seus dias por si só
Pois já se matou
Absteve-se de viver
Pra não sentir dor

Vanessa Dias

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