No divã um corpo sob a luz da lua
Um coração partido em dois,
Metade lateja na caixa torácica aflita,Metade desbrava a vida, comedida,
Uma tentativa de confessar a culpa
De ter deixado o amor para depois,
Não adia mais um gole da bebida amarga
Éramos.
A sobriedade de quem está ausente
posta às claras, nua
A entrega do corpo, um prazer desmedido
Nunca foi sinônimo de vínculo
Apenas um vício,
Era uma comunhão de forças que se opõem
No interesse de uma vida e uma noite,
nada mais que o amor sem prejuízo
Um sabia, o outro, talvez
E no diz que me disse das bocas caladas,
Na insensatez, um queria mais
O outro, nada.
Vanessa Dias
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