sexta-feira, 13 de junho de 2025

Boas maneiras

 A minha avó me ensinou que devemos ser bons, pois, a vida nos devolverá a bondade 

Eu ainda criança acreditei, porque via nela a sabedoria da idade.

Porém, em 39 anos de vida, eu senti e sinto ainda na carne, que as coisas não são assim.

As pessoas recebem sempre o seu melhor, as suas palavras medidas, as reações contidas, as atitudes pensadas sempre com cuidado para não serem incomodadas ou feridas. Despretensiosamente, pois, a prática das boas atitudes faz com que seja algo natural, parte de quem somos independentemente do nosso mapa astral. 

No entanto, não têm o mesmo cuidado, acham-se merecedoras do respeito e do afeto, mas desobrigam-se de fazer o mesmo. 

Gostaria de dizer para a minha avó, que as coisas não são assim. 

segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

Florida

                              

 Escuto a risada das flores,

Dançam a música do vento e flertam 

Daninhas, danadinhas


Entregam o néctar às borboletas e colibris 


Vestidas de arco-íris 

Festejam a vida no jardim das delícias 

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

Covardia

 O sol frio da manhã me toca a face
E eu lembro das tuas últimas palavras,
Juras que embalam meu sono intranquilo
A ansiedade em ser feliz me entristece
Angustia minha alma que pena
Vaga pelos vãos da existência do meu ser
Querer não é poder!
E o poder assusta
Tu me encorajou a te amar
E essa valentia durou pouco,
Voltei para debaixo da cama
E você foi embora

Vanessa Dias 

domingo, 5 de novembro de 2023

Ansiedade

Penso demais no por vir
E nunca vem
Então sofro 
Crio mundos imaginários 
Fins, começos e fins
Finjo que estou bem, que estou aqui,
Mas, não estou mais
Me perdi no futuro que não existe
Tento voltar
Recentralizar
Firmo o olhar no prego na parede, 
No barulho da rua
Tento me orientar
Não dá!
Eu ainda estou lá, no inexistente, 
Sofrendo
Enquanto o presente passa, a vida passa
Passa por mim e não me encontra
No lapso, tenho crises
O choro fácil verte
Os olhos inertes olhando o vazio
Lego das desilusões que monto e remonto
Inúmeras possibilidades de destino.


Vanessa Dias 


sábado, 3 de junho de 2023

 Respiro poema

Todos os dias tenho epifanias,
Linhas e versos emaranhados
E eu os desenrolo!
Organizo, aliso
E guardo,
Escondo como uma marca roxa indesejada
Tenho por vezes vergonha,
Outrossim, quero exibí-los
Escancarar minha dor
Na esperança de que alguém se compadeça
No entanto, diante do vácuo,
Do vazio já conhecido, da solidão e
Da ausência,
Cubro tudo
Velo
Para que no choro tardio, na entrega das flores póstumas
Entre uma rosa e uma lágrima proposital
Digam -" Não era ela poeta?"
- "Sim! Fabulosa!"

Vanessa Dias 

quinta-feira, 18 de maio de 2023

Análises

No divã um corpo sob a luz da lua
Um coração partido em dois,
Metade lateja na caixa torácica aflita,
Metade desbrava a vida, comedida,
Uma tentativa de confessar a culpa
De ter deixado o amor para depois,
Não adia mais um gole da  bebida amarga
Éramos.
A sobriedade de quem está ausente
posta às claras, nua
A entrega do corpo, um prazer desmedido
Nunca foi sinônimo de vínculo
Apenas um vício,
Era uma comunhão de forças que se opõem
No interesse de uma vida e uma noite,
nada mais que o amor sem prejuízo
Um sabia, o outro, talvez
E no diz que me disse das bocas caladas,
Na insensatez, um queria mais
O outro, nada.

Vanessa Dias 

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

 Sempre quis a sorte de um amor tranquilo, com sabor de pimenta ardida,
Quis furacão...
então, conheci você, minha tempestade com olhos castanhos

Vanessa Dias
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